segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Eu estou aqui
Como uma garrafa de espumante na quina da mesa
Nada de estouro
Até quando acha que posso aguentar?
Você deve se perguntar
Como consegui passar por tudo sem nenhum arranhão
Sempre tão intimista em suas certezas
Pensei ter crescido há tempos
Deveria ser assim desde o início
Mas nós humanos nos viciamos fácil demais
E tudo que sangra parece de bom grado
Eu junto todas as bençãos
Que recebi de estranhos
Eu poderia ter a lucidez de uma criança descobrindo algo novo
Dar a outra face
Morrer...
Mas o meu medo vai me manter vivo.