sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Alvo.


Eu procuro pisar firme
Olho na mira
Cálculo perfeito
Mas em algum momento eu me perdi
Não sei se quando deixei você ir
Não sei se quando eu me libertei
Onde tudo estará agora?
Eu nunca deveria ter deixado ir tão fundo
Ah, isso me parece tão familiar
A sutileza de dias que se repetem
Desnecessariamente
Destemperadamente
E a incostância de um sorriso
O sufoco de um abraço
Não, não há porque sofrer de novo
Não há porque persistir
Se tudo está infinitamente fora do nosso alcance
Eu me pergunto
onde você estará agora...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

....

Beba do conformismo que te corroe
Beba do mundo que te faz tão triste
Beba do sangue da tua própria veia
Beba do eu?

Beba do chão que foge dos teus pés
Beba do céu nunca alcansado
Beba do futuro que nunca foi
Beba do eu?

Beba do tudo que te resta hoje
Beba do nada que você se tornou
Beba do medo
Beba do eu?

Beba do fundo do poço
Beba do não saber se dói
Beba do filho que te vê cair
Bêbado eu?

Não!